Aos 71 anos Ron Perlman ainda está disposto a interpretar Hellboy e concluir a trilogia de Guillermo del Toro

Já se passaram quase 15 anos desde que Ron Perlman apareceu pela última vez como Hellboy e muita coisa aconteceu desde então. Ainda assim, Perlman está disposto a voltar ao personagem para um futuro filme. Não porque ele está ansioso para reprisar o papel, mas porque ele quer deixar os fãs felizes.

Em entrevista ao site britânico The Independent, Perlman disse: “Estou ansioso para fazer Hellboy 3? Não, tenho 71 anos de idade”. Ele acrescentou: “Devemos isso aos fãs… e devemos dar a eles porque seria uma conclusão épica. Então [Guillermo del Toro], se você está lendo, não terminei de incomodar você para fazer esse maldito filme.”

Perlman e del Toro colaboraram mais recentemente no “Nightmare Alley” (O Beco do Pesadelo), que adapta o romance homônimo de William Lindsay Gresham publicado no Brasil com o título “O beco das ilusões perdidas”. Perlman estrela o filme como Bruno, o ex-homem forte de bom coração que Stan Carlisle, (Bradley Cooper), encontra durante sua fuga.

A franquia produzida por Guillermo del Toro consistia em “Hellboy” de 2004, seguido por “Hellboy: The Golden Army” (Hellboy II – O Exército Dourado) de 2008, ambos escritos com o criador de Hellboy, Mike Mignola. Ambos os filmes foram recebidos positivamente pela crítica, com a sequência chegando ao ponto de ser indicada ao Oscar. Desde então, houve discussões sobre um terceiro filme de Hellboy. No entanto, nenhum anúncio oficial foi feito. Perlman, del Toro e Mignola expressaram consistentemente o desejo de retornar à franquia, independentemente do reboot de 2019.

O reboot protagonizado por David Harbour como o Hellboy, enfrentando a ameaça da “Rainha de Sangue” Vivienne Nimue interpretada por Milla Jovovich, arrecadou US$ 55,1 milhões nas bilheterias com um orçamento de US$ 50 milhões. Hellboy de 2019 não agradou aos fãs e nem aos críticos, que notaram os efeitos especiais abaixo da média e um enredo confuso, que tentou condensar três graphic novels do personagem em um único filme – um ponto que Mignola evidenciou em um painel na New York Comic Con.