“Super Cooks” demonstra que uma animação teria sido a melhor forma de adaptar “O Legado de Júpiter”

AVISO: A matéria contém spoilers importantes ga primeira temporada de Super Crooks, disponível na Netflix. Considere-se avisado.

Uma das maiores preocupações com a série “Jupiter’s Legacy” (O Legado de Júpiter) para Netflix era como ela parecia reduzida em comparação com a historia original nos quadrinhos. Não era uma série de TV tão ruim, mas com seu senso de grandiosidade diluído, não foi uma surpresa que a série tenha sido cancelada, principalmente perdendo força ao tentar copiar as histórias de super-heróis popularizadas pela versão de Zack Snyder dos personagens da DC Comics e a série “The Boys”. Agora o “Millarworld” ganha uma abordagem diferente com “Super Crooks” baseada nos quadrinhos escritos por Mark Millar e ilustraos por Leinil Yu, a série é essencialmente a prova de que “O Legado de Júpiter” deveria ter sido adaptado como uma animação.

Ambas as séries compartilham o mesmo universo, já que “Super Crooks” se passa antes da guerra civil vista nas HQ’s de ” O Legado de Júpiter” e da desilusão do Utopian (Sheldon Sampson/Utópico) com seu irmão, Brainwave (Walter Sampson/Onda Mental), e seu filho, Brandon Sampson. Em “Super Crooks”, Johnny Bolt inicialmente adora a União, apenas para se tornar um vilão e ter os protegidos do Utópico, Gladiator (Gladiador) e Praetorian (Pretoriano), caçar seu esquadrão criminoso.

“Super Crooks” vê todos os lados se soltando, homenageando os quadrinhos e introduzindo novas dimensões que o material de origem não tinha, especialmente quando se trata da gama expandida de poderes do personagem, o que permite que eles realmente causem estragos em toda a América. O Pretoriano também tem cartas que lhe concedem novos poderes, que vão do elemental ao psíquico, dando a ele mais para trabalhar enquanto tenta eliminar os parceiros de Johnny.

“Super Crooks” dá espaço para todas as lutas serem bombásticas e todos os poderes para se tornarem um espetáculo épico, que é o que faltava em “O Legado de Júpiter”, seja por orçamento ou CGI abaixo da média. Na verdade, tanto Utópico quanto Onda Mental têm momentos intimidantes na animação para usar seus poderes, como se para lembrar aos telespectadores como sua própria série, agora cancelada não teve impacto.

Ver o Pretoriano e o Gladiador praticamente destruindo cidades para pegar os “bandidos” e a equipe de Johnny lutando contra atacantes como Man Mountain (Homem-Montanha) e o Bastard (Bastardo) definitivamente parece que a animação não tem limitações. Dado como Mark Millar adora criar grandes mundos com lutas destrutivas exageradas, isso se encaixa perfeitamente e é definitivamente algo que a União deveria fazer mais. Ver Onda Mental criando seus próprios mundos falsos, Utópico aparecendo como um “Homem de Aço” ou Hutch Hutchence se teletransportando para todo o mundo com seu bastão teria sido mais fácil de trazer à vida como uma animação, sem as limitações de uma produção live-action.

Simplificando, os heróis da União têm habilidades que só podem realmente brilhar em sua plenitude em uma animação. Caso “O Legado de Júpiter” ganhe uma nova oportunidade, seria sábio levar o êxito de “Super Crooks” em consideração, uma animação cheia de ação que permitiria confrontos em grande escala. Além do fato que isso permitiria a produção 13 episódios para o desenvolvimento adequado dos personagens, que é o que “Super Crooks” fez para adicionar um prelúdio aos quadrinhos de Mark Millar.

O público ganharia mais episódios, melhor ação e personagens mais profundos, que complementam a narrativa selvagem em oposição a uma série live-action de grande orçamento e 10 episódios que simplesmente não fez justiça ao trabalho de Mark Millar.