Portal HQPB Recomenda: 10 Westerns Spaghetti

Western Spaghetti, Faroeste Espaguete, Faroeste Macarrônico, são assim como “Bang-Bang à Italiana” termos criados para determinar um subgênero do western de produção italiana das décadas de 1960 e 1970, muitas vezes com a participação de atores famosos ou mesmo em início de sua carreira que mais tarde viriam a tornar-se estrelas internacionais. Essas produções foram geralmente filmadas na Itália ou na Espanha.

A Era de Ouro do gênero foi de 1964 a 1973, nessa época o western experimentou uma renovada popularidade na Itália, após o declínio do faroeste americano (popular nos anos 50). Embora o público tenha apreciado o gênero, a crítica reconheceu unicamente o valor dos filmes dirigidos por Sergio Leone, os quais alcançaram um sucesso notório também nos cinemas norte-americanos.

Além de Leone, outros diretores se notabilizaram, entre os quais, Tonino Valerii, Florestano Vancini, Duccio Tessari, Sergio Corbucci, Lucio Fulci e Sergio Sollima.

Um dos mais famosos fãs do gênero é o diretor Quentin Tarantino, que não faz cerimônia alguma de deixar claras as influências do Western Spaghetti em seus filmes.

 

 

A Trilogia dos Dólares

Trilogia dos Dólares também conhecida como a Trilogia do Pistoleiro Sem Nome, dirigida por Sérgio Leone é formada pelos filmes Por um Punhado de Dólares (1964 – Per un Pugno di Dollari), Por Um Punhado de Dólares A Mais (1965 – Per Qualche Dollare in Più) e Três Homens em Conflito (1966 -Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo). Uma característica dos três filmes é que o ator Clint Eastwood interpreta sempre um pistoleiro ardiloso cujo nome nunca foi mencionado. Sem dúvida a cena mais marcante da trilogia é a sequência final de Três Homens em Conflito ao som de The Ecstacy of Gold do mítico maestro Ennio Morricone.

 

 Era uma vez no Oeste

Dirigido por Sergio Leone, Era uma Vez no Oeste (1968 – C’era una Volta il West) é centrado em quatro protagonistas: a ex-prostituta Jill McBain (Claudia Cardinale), o bandido Cheyenne (Jason Robards), o pistoleiro de aluguel Frank (Henry Fonda) e um homem misterioso, chamado de Harmonica (Charles Bronson), que sempre traz consigo uma gaita. Os quatro acabam se cruzando quando Morton (Gabrielle Ferzetti), um barão ferroviário, contrata Frank para afugentar Brett McBain (Frank Wolff), dono de terras que iriam valorizar consideravelmente com a chegada da ferrovia, e seus filhos. Porém, o pistoleiro decide massacrar a família e depois planta evidências incriminando Cheyenne e dando início ao conflito.

Considerado lento pela crítica e pelo público, Era uma vez no Oeste foi um fracasso de bilheteria. O filme só foi reconhecido mais tarde, e hoje é aclamado como um dos melhores filmes de todos os tempos. Atualmente “Era Um vez no Oeste” encontra-se no acervo da Netflix Brasil.

 

 Keoma 

Lançado em 1976, estrelado por Franco Nero, Woody Strode e William Berger. Keoma, foi um dos últimos filmes notáveis ​​do seu gênero, é considerado por alguns como um dos melhores Spaghetti Westerns já feitos, com suas cenas em câmera lenta, tiroteios, um anti-herói que arrebatou fãs em todo mundo.

Ao final da Guerra Civil Americana, um pistoleiro mestiço (meio índio meio branco), cansado de fazer da morte um meio de vida, retorna para aquilo que um dia costumava ser seu lar. Keoma porém encontra sua cidade natal totalmente destruída pela peste e sob o comando de um homem chamado Capitão Caldwell. Seus meios-irmãos Butch, Sam e Lenny trabalham para o Capitão, além de nutrir um ódio por seu meio irmão mestiço. Agora ele está preso no meio de uma batalha selvagem entre inocentes colonos, bandidos sádicos e o que restou de sua família.

 

Trinity é o Meu Nome

O cinema italiano não gerou apenas pistoleiros implacáveis em épicos repletos de violência, também havia espaço para comédias divertidíssimas e nesse quesito Bud Spencer e Terence Hill são os melhores no que fazem.

Há cinquenta anos, estreava nos cinemas italianos “Trinity é o Meu Nome” (1970 – Lo Chiamavano Trinità), um Western Spaghetti que misturava bang bang com doses generosas de comédia. O resultado é um clássico da sétima arte e do humor audiovisual. Contudo, aos olhos dos cinéfilos de hoje, este filme tem uma particularidade especial: Trinity é o Meu Nome marcou o início da trajetória internacional de uma das duplas de atores de maior sucesso do cinema italiano,  Terence Hill e Bud Spencer. Os dois atores protagonizaram juntos mais de duas dezenas de filmes entre a década de 1960 e a década de 1990. Assim, tornaram-se figuras populares no universo cinematográfico mundial.

A dupla de heróis do desastre, rápidos no gatilho e bons de briga, tentam salvar uma cidade das mãos de ladrões de gado, cruéis e sanguinários. O diabólico xerife da cidade também está envolvido nesta aventura cheia de adrenalina. E na medida em que Trinity resolve interferir nos planos dos bandidos, a tensão aumenta.

 

Trinity ainda é meu nome

Continuavano a chiamarlo Trinità é a sequência de “Trinity é o Meu Nome” (1970 – Lo Chiamavano Trinità), dirigido por Enzo Barboni e produzido por Italo Zingarelli, lançado em 1971 a sequência mostra Bambino (Bud Spencer) tentando ensinar seu irmão Trinity (Terence Hill) a ser um “bom” fora-da-lei e ladrão de cavalos. No entanto, os planos dos dois irmãos são frustrados quando eles têm que salvar uma família de peregrinos e desbaratar uma gangue de traficantes de armas.

 

 DJango 

Dirigido por Sergio Corbucci e estrelado por Franco Nero, tornou-se muito popular na Europa e é considerado um filme cult nos Estados Unidos. O visual único do filme é devido ao trabalho do diretor de arte Carlo Simi, que já havia os filmes de Sergio Leone.

Django é um andarilho trajando uniforme da União e arrastando um caixão por onde anda, ao salvar a protituta Maria de ser crucificada por homens do Major Jackson (um ex-Confederado) o ato arrasta o solitário pistoleiro a um conflito entre os seguidores de Jackson e os revolucionários do General Hugo Rodríguez. A única zona neutra do confronto é o Vilarejo Fantasma, cujo único residente é Nathaniel, dono do Saloon, e suas prostitutas.

Django é sem sombra de dúvida um marco do Western Italiano que influenciou inúmeros atores, roteiristas e diretores. Você encontra referências ao filme até no Tokusatsu, Cyber Cops, onde em sua primeira aparição o renegado Lúcifer aparece em trajes semelhantes aos de Django e arrasta um caixão onde repousa seu rifle.

Em Djanjo Livre, Tarantino presta uma homenagem ao filme ao colocar Franco Nero como Django encontrando Django Freeman personagem de Jamie Foxx, numa cena icônica para os fãs do personagem.

 

Joe, o Pistoleiro Implacável

Dirigido por Sergio Corbucci, Joe, o Pistoleiro Implacável (Navarro Joe) contou roteiro de Fernando Di Leo, Ugo Pirro e Piero Regnoli, também contou com uma trilha sonora composta por Ennio Morricone, protagonizado por Burt Reynolds, foi uma produção ítalo-espanhola lançada em 1966.

O bando do impiedoso Duncan massacra uma tribo de índios Navajo inclusive mulheres e crianças apenas para vender seus escalpos. O guerreiro mestiço Joe sobrevive ao massacre e parte para a vingança contra os fora-da-lei. Pouco tempo depois ele é avisado por prostitutas que Duncan planeja roubar um trem carregado de dinheiro governamental destinado ao banco do povoado de Esperanza. Joe foge com o trem e o dinheiro e quer enfrentar os bandidos na cidade, mas a população desarmada teme confiar em um índio.

 

A Morte Anda a Cavalo

Da uomo a uomo foi lançado em 1967 e dirigido por Giulio Petroni e protagonizado por John Phillip Law e Lee Van Cleef, roteirizado por Luciano Vincenzoni e trilha sonora também assinada por Ennio Morricone.

Bill Meceita testemunha o assassinato de sua família quando criança e cresce com desejo de vingança. Ele se une a Ryan, um pistoleiro, e saem à procura do bandido Walcot, mas ele logo descobre que Ryan esconde um segredo sobre o seu passado.

 

Esperamos que a lista desperte o interesse pelo gênero, e que ela desperte boas recordações para aqueles que ja são entusiastas do Western Spaghetti. Comentem, mandem sugestões e sua opinião sobre este tema, além de dicas sobre outros gêneros a serem explorados! Contamos com a participação de vocês.

Parte do conteúdo deste artigo foi o roteiro do programa HQTV, exibido pela TV Tambaú em 2016.

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