A série “Rings of Power” (Os Anéis do Poder) da Amazon Prime já está envolta em controvérsias, com “Os Anéis do Poder” apresentando mulheres anãs sem barba (Disa de Khazad-dûm) e elfos negros (Arondir), o que na visão de alguns quebram a tradição de Tolkien. Lançado durante o intervalo da 56ª edição do Super Bowl no dia 13/02, o teaser trailer de “Os Anéis do Poder” concedeu uma primeira amostra da grandiosa série prequel de “O Senhor dos Anéis” da Amazon Prime. Embora o trailer tenha recebido uma recepção decididamente mista após o lançamento, houve um clamor de alguns fãs de “O Senhor dos Anéis” em relação à princesa anã Disa (Sophia Nomvete), cuja falta de barba assustou aqueles que tem uma relação mais “purista” com a obra de J.R.R. Tolkien.
Enquanto o problema com o elfo Arondir (Ismael Cruz Córdova), revela a indisposição de algumas pessoas em ter um ator negro interpretando um elfo que jamais existiu na obra original, a personagem canônica Disa de Khazad-dûm (Sophia Nomvete), incomoda “fãs” puritanos por não seguir à risca a estética que as mulheres da raça dos Anãos deveriam ter de acordo com os textos de Tolkien.
Incorporando os contos de “O Silmarillion”, a série “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder” conta a história da Segunda Era da Terra Média e os 2.500 anos antes da “Guerra do Anel”. Em particular, “Os Anéis do Poder” se concentra na miríade de enganos de Sauron e no forjamento dos 20 anéis que formam a espinha dorsal dos conflitos da Terceira Era descritos na trilogia original de Peter Jackson, O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder”, da Amazon, no entanto, tem muito menos material de origem para recorrer do que seus antecessores, permitindo aos showrunners JD Payne e Patrick McKay um pouco mais de espaço para expressão artística do que Jackson foi capaz de exercer em “A Sociedade do Anel” (2001), “As Duas Torres” (2002) e “O Retorno do Rei” (2003) e posteriormente em “Uma Jornada Inesperada” (2012), “A Desolação de Smaug” (2013) e “A Batalha dos Cinco Exércitos” (2014).
No entanto, enquanto grande parte do vídeo promocional de “Os Anéis do Poder” foi recebido com otimismo, a falta de barba de Disa é uma decisão estética que vai contra todas as peças existentes da tradição dos Anãos que Tolkien criou. Essa escolha de design de personagem irritou alguns fãs de “O Senhor dos Anéis”, e o problema começou antes mesmo do lançamento do trailer no dia 13/02, as primeiras imagens exclusivas da série disponibilizadas pela Vanity Fair foram o suficiente pra provocar a ira dos “fãs” mais conservadores da obra de Tolkien. Muitos se atem ao monólogo de Gimli (John Rhys-Davies) em “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” para exemplificarem qual era visão do autor quanto as mulheres da raça dos Anãos, no trecho em questão o guerreiro anão afirmando claramente que anões masculinos e femininos são indistinguíveis um do outro devido às suas aparências barbudas.
Antes da revelação de sua personagem, havia muita empolgação em torno de Disa de Khazad-dûm como a primeira mulher anã a ser retratada na franquia “O Senhor dos Anéis”. Uma personagem forte e direta que liderou o Reino de Moria como irmã de Thorin Escudo de Carvalho, ela é a única mulher anã já nomeada na obra de Tolkien, em uma passagem no romance “O Hobbit” descrevendo às valentes mortes dos filhos de Thráin na Batalha dos Cinco Exércitos. Como resultado, Disa de “Os Anéis do Poder” foi vista como uma proposta altamente convincente que pode unir muito da tradição anã existente na obra de Tolkien entre os eventos de “Os Anéis do Poder” e os filmes de Peter Jackson.
Essa excitação, no entanto, se dissipou quase inteiramente após as primeiras imagens de Disa, que vão contra a tradição anã anterior de Tolkien. O discurso de Gimli em “As Duas Torres” é um excelente exemplo aqui, com o guerreiro afirmando que as mulheres anãs “são tão parecidas em voz e aparência, que muitas vezes são confundidas com homens anões”. A falta de barba de Disa, portanto, parece agir em oposição direta ao material de origem que “Os Anéis do Poder” pretende honrar – irritando muitos fãs.
Se essas críticas e controvérsias são vistas como justas ou não, isso depende de quanta flexibilidade o público está disposto a dar a McKay e Payne ao traduzir as histórias originais dentro do universo criado por Tolkien. Aqueles a favor de retratar anãs barbudas como escrito por Tolkien sentem que a série “Os Anéis do Poder” não está honrando seu material de origem, enquanto aqueles dispostos a se curvar sobre essa questão concordam com a ideia de licença artística, bem como a capacidade de distinguir melhor Disa de seus colegas predominantemente masculinos. O trailer de “Os Anéis do Poder” certamente deu aos fãs muitas razões para ficarem empolgados com a série da Amazon, mas também abriu a porta para seu quinhão de controvérsias predominantemente impulsionadas pela forte saída de Disa e Arondir de uma aparência típica dos Anãos e Elfos.
FONTE: Screen Rant
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