Homem-Aranha 2: Como Otto Octavius se tornou um personagem tão importante para o filme do diretor Sam Raimi

Do começo ao fim, o “Spider-Man 2” (Homem-Aranha 2) de 2004, representa um dos melhores exemplos de narrativa em uma histórias de super-heróis no cinema do século 21. A maneira como ele equilibra temas e ação enquanto permanece fiel ao material de origem cria um microcosmo de fatores que o tornam uma produção surpreendentemente hermética. Embora sempre existam aqueles que discutem seu lugar como um dos melhores, é difícil argumentar sua grandeza do ponto de vista técnico. Um grande exemplo disso são os tentáculos de Douto Octopus (Alfred Molina), que em uma linha ajudam a explicar um detalhe que pode ser confundido com uma inconsistência.

“Homem-Aranha 2” segue as lutas de Peter para levar uma vida dupla enquanto ele enfrenta o genial Doutor Otto Octavius. Inicialmente, Octavius planejou ajudar o mundo criando um experimento de fusão estável. Porém sua primeira demonstração deu terrivelmente errado e resultou na destruição de seu laboratório e na morte de sua esposa. O mesmo destino teria acontecido com Octavius se não fosse por seus tentáculos, que eram imunes aos efeitos de seu sol miniaturizado.

Para ganhar poder, o experimento de Octavius absorve metais e cresce em tamanho, com potencial para engolfar toda a Terra. No entanto, os tentáculos de Octavius também são feitos de metal. Então, como os tentáculos dele poderiam evitar a atração de seu experimento em um mundo onde o adamantium e o vibranium não parecem existir? A resposta, embora simples, é ouvida no início do “Homem-Aranha 2”, quando Octavius explica como ele planeja conter os arcos de seu sol perpétuo.

Os tentáculos são projetados para impedir que as energias de seu experimento violem a contenção e ponham em perigo estabilidade da fusão. Octavius explica que os braços são impermeáveis ao calor e ao magnetismo para compensar a atração e o calor gerados pela fusão. É por isso que, na primeira tentativa, eles não são sugados, embora ele esteja mais próximo do experimento. Eles também desviam o vidro que mata sua esposa, salvando-o.

Mesmo que sua segunda tentativa no experimento de fusão seja maior, seus braços ainda podem suportar a imensa atração e o calor gerado pelo pequeno “sol”. Como resultado, eles o salvam uma segunda vez, embora tenham corrompido sua mente devido ao chip inibidor destruído. A ciência por trás dos tentáculos nunca é explorada, mas as propriedades de seus metais mostraram exatamente por que Octavius é um gênio. Embora os braços pareçam toscos, sua mente está muito mais avançada. Octavius foi capaz de pegar o que a ciência havia lhe dado em 2004 para criar algo décadas à frente de seu tempo. Como resultado de suas inovações, eles salvam sua vida de uma condenação certa duas vezes.

No final das contas, Octavius decide salvar a cidade de sua criação, enviando-a para o fundo do rio Hudson junto com ele. Um destino trágico para um homem que era mais um gênio do que um monstro. Enquanto morria com sua criação, a inovação de seus braços mostrou que ele sabia exatamente como a máquina funcionaria se desse errado. Portanto, os braços poderiam mantê-lo vivo, negando a atração gravitacional que sua máquina gerava. Embora possa parecer um “furo” na trama para o espectador, os tentáculos do Douto Octopus servem como outro exemplo de como “Homem-Aranha 2” é um filme com mais camadas a serem analisadas, além de um antagonista bastante diferenciado naquele momento da indústria cinematográfica.

O Doutor Otto Octavius retorna em “Spider-Man: No Way Home” (Homem-Aranha: Sem Volta para Casa), o personagem vivido por Alfred Molina deve desempenhar um papel significativo no filme, dada sua importância e carisma com os fãs do filme protagonizado por Tobey Maguire em 2004.