O documentário “Caramelldansen” que abordava o famoso meme que ficou muito popular na primeira década dos anos 2000, foi removido do YouTube no dia 20/12 após receber oito avisos de direitos autorais separados da gravadora Remixed Records. O criador do documentário, jan Misali, afirma que a empresa tem abusado do sistema de direitos autorais do YouTube para controlar a narrativa e suprimir a difusão do documentário, que contesta as origens do meme.
De acordo com o documentário, que foi republicado na plataforma japonesa Niconico, a música “Caramelldansen” foi originalmente lançada pelo grupo pop sueco Caramell em 2001. No entanto, a versão proliferada pelo popular meme da internet é um remix acelerado que foi postado inicialmente no 4chan em 2006. A Remixed Records lançou posteriormente uma versão da música em 2008 que era idêntica ao remix dos fãs e chamou-a de versão “Original English” na descrição do vídeo do YouTube. O videoclipe também apresenta personagens, chamadas “Caramella Girls”, que foram fortemente inspiradas pelos memes.
Misali afirma que a Remixed Records está empenhada em um esforço concentrado para apagar as origens do meme. Em 2019, a música foi renomeada para dar crédito às “Caramella Girls” em vez do grupo Caramell. O usuário do 4chan “DJ Speedycake”, que se credita como o primeiro remixer, também não é reconhecido de forma alguma. “Acho que foi uma tentativa de fazer as pessoas pensarem que as “Caramella Girls” sempre estiveram lá'”, disse Misali ao Kotaku. “[Isso] funcionou porque hoje muitas pessoas pensam que as “Caramella Girls” escreveram “Caramelldansen”, ou pelo menos que fizeram o remix usado no meme.”
Misali também afirmou que, desde o lançamento de seu vídeo, eles estiveram em contato com o coproprietário da Remixed Records, Giovanni Sconfienza, que enviou “algumas declarações vagamente ameaçadoras, incluindo uma ameaça direta de usar o sistema de direitos autorais do YouTube” para derrubar totalmente o canal de Misali do YouTube. Misali também escreveu no Twitter que Sconfienza alegou que o vídeo contém “desinformação”. Ele ofereceu ajuda na criação de um documentário “mais preciso”, mas Misali disse que eles acham as correções “difíceis de acreditar”.
No momento da postagem do artigo no site “Anime News Network”, o documentário ainda não estava disponível no canal de Misali no YouTube. Eles estão atualmente em processo de contestação das reivindicações de “Fair Use”.
FONTE: Anime News Network
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