Figurinistas de “Duna” criaram mais de 1.000 figurinos para o filme

Os figurinistas de “Dune” (Duna) criaram cerca de 1.000 peças para a primeira parte do épico de ficção científica. Baseado no romance homônimo escrito por Frank Herbert lançado em 1965, a primeira parte do filme dirigido por Dennis Villeneuve é uma adaptação de mais ou menos a primeira metade do livro. Duna foi lançado internacionalmente em 15 de Setembro e está programado para um lançamento simultâneo nos cinemas e na HBO Max em 22 de Outubro.

Duna é estrelado por Timothee Chalamet como Paul Atreides, o herdeiro do trono em um planeta distante liderado por seu pai, o Duque Leto Atreides (Oscar Isaac) e Lady Jessica (Rebecca Ferguson). Chalamet é apoiado por um elenco repleto de estrelas, incluindo Josh Brolin, Dave Bautista, Zendaya, Jason Momoa e vários outros. Duna encontra seus heróis em um futuro distante no planeta deserto Arrakis, com a tarefa de minerar uma “especiaria” com propriedades de aprimoramento do corpo que é guardada por vermes da areia gigantes. Traições severas e lealdades questionadas complicam sua missão e encontram o jovem príncipe procurando ajuda dos nativos de Arrakis, os Fremen. Além de Arrakis, Duna se estende por dois outros planetas também.

Os figurinistas de Duna, Jacqueline West (O Curioso Caso de Benjamin Button, O Regresso) e Bob Morgan (Malévola: Dona do Mal, A Origem), disseram à Variety que criaram “1.000 ou mais looks” para abranger a variedade de fantasias em todos esses mundos. A inspiração veio de todas as partes, incluindo filmes de David Lean (Lawrence da Arábia, Fahrenheit 451), mitologia grega e romana, as obras de Francisco Goya, Giotto, as roupas de moradores do deserto como os beduínos, e até marcas de moda clássicas como Balenciaga. Herbert descreve esses looks no romance em grande detalhe, e esses trajes precisam variar muito entre os três mundos de Arrakis, Caladan e Giedi Prime. Em Arrakis, os personagens precisavam usar “trajes destiladores” cuidadosamente moldados ao corpo de cada ator. Para isso, West consultou Keith Christensen, que atuou como “concept artist” em “Pantera Negra” e “The Batman”. Leia a citação de West abaixo:

“Cada um teve que ser cortado no molde do corpo dos atores porque o movimento do corpo é o que teoricamente ativa o traje destilador e o transforma em uma destilaria. [Tanto no livro quanto no filme, as roupas pegam todos os fluídos residuais humanos e os transformam em gás] e então isso é filtrado por todos os tubos da roupa como um refrigerador com medidores e reguladores. E colocamos tudo isso nos trajes destiladores.”

Cada mundo do filme tem um esquema de cores diferente. Os looks eram cromáticos, com o traje-destilador ficando cinza como no romance. Outros looks foram inspirados nas locações. West baseou as roupas de Arrakis nas cores coral, rosa, pêssego e bege das rochas da Jordânia, onde as filmagens das cenas de Arrakis aconteceram.

Os figurinos já estão recebendo rumores quanto a sua indicação ao Oscar, o que seria a quarta indicação para West. Com base na descrição de West e Morgan do intenso trabalho que fizeram nos figurinos, a vitória do Oscar não seria surpreendente. Certamente é interessante ouvir detalhes sobre o processo e as inspirações por trás da criação do que Herbert descreveu no romance. Os trajes podem finalmente ser vistos em toda a sua glória quando Duna for lançado no próximo mês.