Para um personagem que foi apresentado como um vilão, Loki tem sido uma atração inesperadamente grande desde que apareceu pela primeira vez em Thor de 2011. Ele é constantemente apresentado em listas de personagens populares, como as organizadas pela Empire e WatchMojo atestam. Loki também é aparentemente um dos nomes mais populares da Marvel para cães, revelou uma pesquisa da Embrace Pet Insurance. O personagem morreu algumas vezes no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), porém ele sempre consegue encontrar um jeito de retornar, porque isso é oque Loki sempre faz, sobreviver. À medida que avançamos para o final da série da Disney+, Loki, não podemos deixar de perceber em como Loki continua a conquistar um imenso número de fãs.
O que torna Loki tão atraente? Essa é a resposta óbvia – ele é interpretado por Tom Hiddleston, que, sejamos honestos, é fenomenalmente atraente. Ele também é extremamente talentoso e imbuiu Loki com muito charme, ao mesmo tempo que nos convence de que o deus da trapaça nunca é confiável. Quando pôsteres de Hiddleston como o personagem da Marvel foram lançados inicialmente, ele parecia ter saído direto das páginas dos quadrinhos. Esse foi o primeiro sinal de que esse personagem estava destinado a ser especial. A química de Hiddleston com seu irmão nas telas, Chris Hemsworth, também contribuiu para consolidar seu status como o novo favorito. Mas o carisma sem esforço e o figurino perfeito por si só não fazem um personagem memorável. O Marvel Studios e os muitos criadores de sua lista impulsionaram Loki de vilão de um filme a um dos melhores personagens MCU.
Loki continua a roubar a cena porque foi escrito para interpretar e subverter clichês regulares sobre antagonistas na cultura popular. Devido à natureza shakespeariana do Thor de Kenneth Branagh, Loki é um personagem mágico arquetípico. Ele é poderoso, mas arrogante e corruptível. E ainda, o próprio Hiddleston disse que todo vilão acredita que ele é o herói de sua história – Loki acredita que ele é o verdadeiro herói de Asgard. Isso é o que torna Loki um vilão cheio de nuances. Ele está sempre à beira da redenção, o que mantém o público interessado no personagem. Shakespeare foi um mestre na criação de personagens com camadas e motivações. Não é de se admirar que a mesma abordagem tenha impulsionado a popularidade de Loki.
A introdução de Loki no MCU foi como um jovem deus inconstante competindo pela atenção de sua família. Isso foi antes de percebermos que Loki sempre se sentiu um estranho em sua casa, tudo porque Odin (Anthony Hopkins) o adotou quando criança e fazendo Loki acreditar que ele era Asgardiano, não Jotun. Os planos de Odin para Loki eventualmente assumir como o herdeiro legítimo de Jotunheim atrapalharam sua capacidade de tratar Loki como seu filho. Quando Loki confrontou Odin sobre ser “outra relíquia roubada, trancada aqui até que você pudesse me usar”, Odin convenientemente caiu no sono de Odin, deixando Loki sem respostas. Alguém pode culpar o Laufeyson por agir assim?
Como a maioria dos vilões da Marvel, as ações inocentes iniciais de Loki logo se tornaram violentas. Em Thor, Loki estava dizimando Jotunheim e tentando assassinar seu irmão. Mas então, o personagem se sacrificou após ser rejeitado por Odin mais uma vez, um momento bastante triste. Loki continua a partir corações uma década depois. Muito do sucesso de Loki reside em como sua caracterização estava em camadas no primeiro filme de Thor. Ele é um antagonista com quem podemos ter empatia – o irmão mais novo negligenciado que quer ser tão amado e poderoso quanto seu favorito. Não é à toa que ele está motivado para arruinar o “grande dia” de seu irmão e destruir Jotunheim; Loki não quer ser enviado para viver em um reino ao qual ele não tem nenhuma conexão. Ele está nos moldes de Draco Malfoy, o inimigo de Harry Potter e o valentão da escola. Malfoy também age por causa de sua vida doméstica fria. Loki é semelhante. A Marvel não é estranha para vilões simpáticos – nós não concordamos com as ações de Killmonger e Adrian Toomes (O Abutre), assim como não concordamos com muitas das ações de Loki, mas entendemos de onde elas vêm.
O Marvel Studios sabe como brincar com nossos sentimentos por Loki. Loki não é diabólico como alguns super vilões – ele não é Thanos ou o Coringa – o que deixa a porta aberta para o perdão, tanto dos personagens no MCU quanto do público. Loki certamente não é inocente. Ele matou 80 pessoas antes mesmo da batalha final em Vingadores. Ele tentou matar Thor várias vezes, seja no primeiro filme ou no segundo, quando mostrou aos Elfos Negros o caminho para seu irmão em “Thor: O Mundo Sombrio” (Thor: The Dark World). Ele também, embora acidentalmente, permitiu que Hela (Cate Blanchett) voltasse para Asgard e ela destruiu seu Lar. A vilania sempre custou muito à Loki, involuntariamente sua orientação levou os elfos negros até sua mãe Frigga (Rene Russo) consequentemente eles a mataram. Na série do Disney+, Loki admitiu ter magoado as pessoas que amava e estava genuinamente arrependido de suas ações anteriores. Ele também partiu em auxílio dos asgardianos lutando contra Hela para dar aos seus compatriotas tempo para evacuar Asgard. Ele flerta com a vilania, mas não é mau. Apesar de todas as suas tentativas de matar Thor, os dois acabaram lutando lado a lado e no final, tornaram-se irmãos novamente. O que é realmente surpreendente é que quando Loki finalmente conseguiu o que queria, o trono Asgardiano, ele se tornou um governante benevolente e um patrono das artes. Deixando de lado a horrenda estátua de ouro de si mesmo, Asgard floresceu sob o reinado de Loki. Você viu como as pessoas pareciam felizes em “Thor: Ragnarok” ? Loki anseia por atenção mais do que qualquer coisa.
Assim que Loki foi bem e verdadeiramente redimido, ele foi morto por Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita”. Agora temos uma variante de Loki de uma linha do tempo alternativa em que Loki se apega a suas inseguranças e falhas. Investimos em Loki porque, apesar de ser um príncipe Jotun vivendo a vida Asgardiana, suas lutas são relacionáveis. A série que se aproxima de sua conclusão, colocou o personagem o protagonismo que tanto almejou, Loki está com medo, especialmente porque ele não pode estar 10 passos à frente da Autoridade de Variância Temporal (TVA), ou qualquer outra coisa que o aguarde no final dos tempos. De repente, a vida de Loki é colocada em perspectiva e ele se arrepende. Loki se depara com a possibilidade de ser um perdedor; quantas pessoas se perguntaram a mesma pergunta? Mas Loki continua lutando – em cada episódio, o personagem seduziu sua saída da prisão e fez amigos e inimigos ao longo do caminho, crescendo como personagem durante o processo.
Exceto “Thor: Ragnarok” e “Vingadores: Ultimato” (Avengers: Endgame), o personagem “morreu” de alguma forma em todas assuas demais aparições. E sempre, queremos que Loki volte, porque ele está quase sempre prestes a se tornar bom; quase sempre pronto para aceitar que ama seu irmão e sua família. O capítulo final de Loki – seja redenção ou morte – é a “isca” perfeita para os fãs e simpatizantes do potencialmente renovado personagem.
Nós “adotamos” Loki porque ele tem aspirações, mesmo quando tropeça, ele é um azarão não convencional e estamos torcendo por ele. Loki nos representa de alguma forma (não a parte assassina do personagem). Quando ele pediu a Thor para “confiar em minha raiva” em “Thor: O Mundo Sombrio” (Thor: The Dark World), isso ressoou, porque às vezes é a sua raiva que o alimenta. Entendemos a luta de Loki em ser o segundo melhor para seu irmão bruto, sua incapacidade de pertencer, seus arrependimentos, suas inseguranças, sua falta de conexão com outras pessoas, talvez até mesmo seu narcisismo ou atuação. Queremos que ele ganhe, seja qual for a vitória, porque é uma vitória para nós também.
FONTE: Collider
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